domingo, 13 de abril de 2008

PESADELOS

estava ainda quente
e pulsava, desenfreadamente pulsava
todos os olhos viam
todas a bocas calavam
todos ouvidos prescutavam
aquela noite insone
daquele lugar longinqüo
e novamente o barulho
se fez ouvir, fez calar
querendo ensurdecer.
ainda estava quente
e pulsava, desenfreadamente pulsava
fazendo gelar o sangue
endurecendo veias
secando salivas
arrepiando pele e cabelos
era o medo que chegava
e tomava conta
desorientava
e fazia de todos seus fantoches
e a noite continuava
a emitir seus pesadelos

Um comentário:

Mulher Calcinha disse...

mas ainda bem que depois de toda noite, tem uma manhã.
por mais nuvens que ela tenha, ainda sim, ela clareia.

essa é a parte que consola.