quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

destruir

mais uma noite de panico
mais uma noite de pesadelos
pesadelos acordados
mais uma noite de desejos não realizados
mais uma noite de tristezas
profundas em peitos errantes
mais uma vez o amor não veio
mais uma vez chorou o coração
e nem a despensa atacada
aplacou a furia dos soluços
de uma chorosa noite em claro
mais uma noite mais um desencontro
assim não sobrevive o mais dos fortes
sem ter ou saber do outro que não vem
ele nunca vem para ver
o estrago produzido
o vazio deixado vivo e pulsante
num dilacerado peito
o choro novamente pede passagem
e invade a alma os olhos coração

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